sexta-feira, 28 de junho de 2013

“Gabi Quase Proibida”: Ney Matogrosso valoriza estreia de programa de entrevistas de Marília Gabriela que parece mais uma mesma versão de seu outro talk-show, apenas com temática fixa sobre sexo


Marília Gabriela conseguiu colocar em prática um projeto que guardava há anos de fazer um programa falando sobre sexo ao estrear nessa quarta-feira (26) o “Gabi Quase Proibida”, no SBT. Não, a atração não tem nada a ver com o festivo “Amor e Sexo” de Fernanda Lima na Rede Globo. Na verdade, mantém o mesmo formato do “De Frente Com Gabi”, que a jornalista continua apresentando na emissora aos domingos, também à meia-noite. A diferença é que o tema “sexo” vai guiar todas as entrevistas. E o primeiro convidado não poderia ser mais bem escolhido: Ney Matogrosso.

Do início ao fim, Gabi insistiu em orientar suas perguntas sempre lembrando o fato de o cantor nunca ter negado sua bissexualidade. “Eu tenho uma amiga que me revelou que foi ‘iniciada’ (na vida sexual) por você?”, afirmou ela em tom irônico. “Se foi ‘iniciada’ foi sem eu sem saber”, respondeu Ney, que não fugiu a nenhuma pergunta.

Respondendo sempre de forma espontânea, mas sem perder a seriedade, ele falou que a primeira vez que sentiu um interesse sentimental por outro homem foi na época em que serviu ao quartel: “Houve reciprocidade, mas não foi concretizado”, garantiu, evitando criar qualquer constrangimento entre os militares.

Entre outras coisas, falou sobre sua primeira vez com uma prima, aos 13 anos; da primeira vez com um homem, em Brasília; do tempo em que era “escravo do sexo”; do seu relacionamento com Cazuza, que durou três meses; de como ficou “mentalmente excitado” quando a cantora Mart´nália recentemente lhe deu um beijo na boca, e de como se sente dentro de sua condição, mesmo tendo desenhado sua carreira rebolando e sensualizando no palco: “Eu sempre gostei de ser do sexo masculino. O que eu pretendia era mostrar a sexualidade masculina. Nunca quis ser mulher”.

Ouvir Ney é sempre tão interessante que o fato de se tratar de uma estreia foi o que menos interessou em termos de inovações. O cenário, aliás, mantém o clima do “De Frente Com Gabi”, com um fundo escuro e os dois sentados frente a frente. O detalhe foi a mesa vermelha, com detalhes na mesma cor ao fundo que dão a sensação de estarem ligados a ela. O efeito no ar é interessante quando a câmera faz um plano meio fechado, mas mostrando os dois. Marília Gabriela também pretende receber, além de artistas, especialistas, abordando temas como pedofilia, transexualismo entre outros relacionados ao assunto. Espera-se que os próximos convidados mantenham o mesmo nível do da estreia.


Mais Marília Gabriela em:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2012/07/de-frente-com-gabi-no-clima-intimista.html 

http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2012/04/programa-silvio-santos-eliana-e-marilia.html 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Análise: Das séries de humor que encerraram suas temporadas na Rede Globo, o destaque ficou por conta da originalidade da estreante “Pé Na Cova”



Das séries cômicas que encerraram suas mais recentes temporadas na Rede Globo nos últimos dias, “Pé na Cova” e “Tapas e Beijos” foram as que mais mostraram fôlego para ganharem nova leva de episódios em 2014. Já “Louco Por Elas” e “O Dentista Mascarado” ou passam por uma total reformulação ou podem encerrar suas carreiras. Hour concour, “A Grande Família” não entra na lista, pois se mantém inabalável no quesito inovação nas suas histórias a cada temporada. Roteiro, direção e elenco continuam irretocáveis.

Miguel Falabella mostrou que continua sendo um poço de inspiração em “Pé na Cova”, criada e protagonizada por ele. O ator-diretor-produtor-etc, ao lado de Marília Pêra, garantiu momentos de muita risada durante a primeira temporada da série. É bem verdade que ele exagerou no clima Broadway no último episódio, em que quase todos os diálogos acabavam se transformando num musical. Mas também mostrou nas entrelinhas um engajamento no momento político do país quando sua personagem, a maquiadora de defuntos Darlene, cantou “Roda Viva”, tema da peça de mesmo nome, escrita por Chico Buarque em 1967, que se tornou um símbolo de resistência à ditadura militar. Na época, Marília e outros atores do elenco foram espancados pelo Comando de Caça aos Comunistas, que também depredaram o cenário. O tom político, no entanto, foi dado sem perder o humor e a ironia que sempre marcou o programa.

Em “Tapas e Beijos”, o último episódio da terceira temporada também saiu do lugar comum. O foco, que geralmente ficava em cima da amizade de Fátima e Sueli, personagens de Fernanda Torres e Andréa Beltrão, respectivamente, passou a ser os amigos Armane (Vladimir Brichta) e Jorge (Fábio Assunção). Os dois causaram ao se envolverem em situações que colocaram suas masculinidades em dúvida. Outro que se destacou ao longo dos capítulos que foram ao ar esse ano foi Djalma, interpretado por Otávio Muller, que garantiu um humor nervoso com seus surtos após ter sofrido um enfarte. As cenas em que apareceu pelado foram hilariantes. A série conseguiu fugir da mesmice.

Já “Louco Por Elas”, em sua terceira temporada, mais uma vez não soube inovar, com suas tramas repetitivas e diálogos clichês. Glória Menezes continua carregando nas costas a série protagonizada por Eduardo Moscovis e Deborah Secco. É a atriz veterana que, mesmo quando seu texto não é lá tão criativo, consegue dar uma interpretação diferenciada e convincente. Mas pior mesmo foi “O Dentista Mascarado”, em sua primeira temporada, tendo à frente o humorista Marcelo Adnet, estreante na emissora. Do início ao fim, os episódios trouxeram situações bobas e texto pouco atraente. Vai precisar fazer uma “prótese” geral se ganhar mais uma fase ano que vem.



Mais "Pé Na Cova" em:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2013/01/pe-na-cova-marilia-pera-domina-cena-no.html

Mais "Tapas e Beijos", "A Grande Família" e "Louco Por Elas" em:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2013/04/vemai-grande-familia-e-tapas-e-beijos.html


Mais "O Dentista Mascarado" em:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/search?q=o+dentista+mascarado


terça-feira, 25 de junho de 2013

“Saramandaia”: Remake traz texto, direção e efeitos de qualidade, mas vem provar que Dias Gomes criou há quase quarenta anos uma obra que hoje precisa ser copiada para se ter um produto de qualidade em cena


Em tempos de protestos nas ruas da maioria das cidades brasileiras por uma série de reformas na política e sugestão da presidente Dilma Roussef de realizar um plebiscito, o remake de “Saramandaia” não teria momento melhor de estrear como a nova novela das 23h da Rede Globo. Logo no primeiro capítulo, que foi ao ar na segunda-feira (24), já se percebeu que a adaptação feita pelo autor Ricardo Linhares manterá fielmente o realismo fantástico e o tom político que pontuaram a obra de Dias Gomes, que escreveu a versão original exibida em 1976.

Logo na abertura se viu uma manifestação comandada por jovens pedindo um plebiscito para que a cidade Bole-Bole troque de nome e passe a se chamar Saramandaia. É claro que, 37 anos depois, a história hoje ganhou uma linguagem visual que usa e abusa dos avanços da tecnologia. Na trama, os embates entre as facções tradicionalistas e mudancistas continuam, mas ganharam novos representantes.

A direção geral de Denise Saraceni e Fabrício Mamberti promete inovar, mas sem fugir do olhar dado por Walter Avancini, Roberto Talma e Gonzaga Blota na primeira versão. O elenco também continua sendo de primeira linha. Destaque na estréia para Gabriel Braga Nunes, como o Professor Aristóbulo, que vira lobisomem nas noites de lua cheia; Marcos Palmeira como Cazuza Moreira, que “ressuscita” no meio do próprio velório, Fernanda Montenegro como Candinha, que corre atrás de galinhas imaginárias, e Sérgio Guizé, a quem coube a difícil de encarnar o novo João Gibão, personagem marcante de Juca de Oliveira que carregava uma corcunda revelada no final como um par de asas.

Da Bahia, a história passou a ser ambientada em Pernambuco. E para incrementar o realismo fantástico, além do homem que põe formigas pelo nariz tem o que bota o coração pela boca. Também continuam a mulher que incendeia tudo que toca e a que come compulsivamente. Sem dúvida, a caracterização de Vera Holtz para viver Dona Redonda está bem feita, mas não tem a mesma naturalidade que tinha quando a personagem foi vivida por Wilza Carla.

Vale lembrar que a cena da explosão de Dona Redonda deu trabalho no original, pela falta de recursos. A direção teve que colocar um boneco inflável vestido com as roupas de Wilza, enchido com um compressor manual. Ou seja, o que explodiu foi um balão. Coisa que hoje poderá ser feito através da computação gráfica. Assim como não será surpresa rever o emblemático vôo de João Gibão no último capítulo, já que cena semelhante foi copiada recentemente no remake de “O Astro”, quando Herculano Quintanilha (Rodrigo Lombardi) se transformou em pássaro e saiu voando para fugir da polícia.

O primeiro capítulo deu sinais de que a nova "Saramandaia" está muito bem feita, mas, como geralmente acontece com remake, ainda não se compara ao original. Sem dúvida, Dias Gomes criou há quase quarenta anos uma obra que hoje precisam copiar para se ter de novo um produto de qualidade em cena. No livro “Apenas Um Subversivo”, autobiografia do autor, ele próprio revelou que “Saramandaia” tinha o propósito de driblar a censura da época, incluindo metáforas e símbolos. Os tempos são outros, os recursos são outros, mas, infelizmente, a maioria das novelas inéditas não acompanha essas evoluções em termos de conteúdo, seja em que gênero for.

Mais Dias Gomes em:

http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com/search?q=dias+gomes


segunda-feira, 24 de junho de 2013

“A Fazenda 6”: Reality show corre risco de ver explodir em suas próprias mãos a única “bomba” anunciada na estreia, que é o fato de um participante ir direto para a final ganhando a primeira etapa de provas


A estreia de “A Fazenda 6” nesse domingo (23), na Record, não trouxe grandes novidades em relação às edições anteriores. De novo mesmo, além de todos os participantes (que a emissora insiste em chamar de famosos) terem que passar a primeira noite no celeiro, foi o anúncio de que aquele que vencer uma sequência de três provas para ganhar a chave da primeira arca, já usada anteriormente, não será dono de um poder específico, mas sim estará automaticamente classificado para a grande final do reality show. Não sei se a idéia foi boa, já que cria um favoritismo que pode prejudicar o andamento da disputa e um descontentamento não só entre os participantes quanto no próprio público do programa. Decisão pouco democrática que em nada combina com o momento político que estamos vivendo.

Bárbara Evans, uma das peoas da vez, chegou confiante, não só por ter sido a única a ter seu nome confirmado pela emissora com antecedência como uma das 16 participantes, mas também por ter feito escola em casa. Afinal, a modelo é filha da também modelo Monique Evans, que já participou de duas edições do reality show rural, na terceira foi eliminada logo na primeira roça e na quarta foi vice-campeã, perdendo apenas para a vencedora Joana Machado. Mas ela não conseguiu fazer sombra às veteranas Rita Cadillac, ex-chacrete, e a Scheila Carvalho, ex-dançarina do grupo É O Tchan!.

Também estão na disputa pelo prêmio de R$ 2 milhões os "famosos" Mateus Verdelho, DJ e modelo; Yani de Simone, a Mulher Filé; Yudi Tamashiro, ex-apresentador do SBT; Beto Malfacini, modelo; Denise Rocha, a Furacão da CPI; Paulo Nunes, ex-boleiro e empresário; Lu Schievano, atriz e cantora; Ariane Steinkopfe, ex-Paniquete; Gominho, blogueiro que tentou sair do anonimato no “Muito +”, programa de celebridades que não deu certo na Band; Márcio Duarte, gêmeo do Vavá, e Andressa Urach, personalidade da mídia da vez. Tem ainda Marcos Oliver, ator do “Teste de Fidelidade”, programa de João Kléber na Rede TV!, que já chegou causando: “Vão ver que não sou só corpo”, disse ele. E Ivo Meirelles, esnobando: “Gosto de mulheres, mas pego qualquer uma”, afirmou confiante, como se fosse o deus grego da edição.

Apesar de o diretor do programa, Rodrigo Carelli, ter prometido muitas novidades, o que se viu na estreia foi mais do mesmo, com alguns retoques, mas nada tão surpreendente. Na apresentação, Britto Jr. mantém seu estilo pouco carismático, tentando criar um clima de mistério para anunciar o previsível. “O Britto vai pegar”, avisou ele, parodiando “o bicho vai pegar”, querendo fazer graça. Ou seja, continua um chato e “se achando” numa apresentação arrastada e repetitiva.

De novo os participantes foram submetidos logo na chegada, durante o dia, a uma prova que os dividiu em três equipes: Ovelha, Avestruz e Coelho. Nem os nomes mudaram. Como cada equipe deve ter cinco integrantes, um sobrou. No caso, a Mulher Filé. Que já larga com a vantagem de não ter que cumprir todas as três provas que levarão ao ganhador da chave da arca e ir direto para a final. Sei não, mas acho que essa “bomba” pode acabar explodindo nas mãos dos responsáveis pelo próprio programa. Seja lá quem já vai sair levando vantagem na largada. Como chamá-lo de "competidor"?


Mais "A Fazenda" em: 

http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2012/06/legendarios-marcos-mion-escracha-do.html 


quarta-feira, 19 de junho de 2013

“A Tarde É Sua”: Mara Maravilha volta a cena, dessa vez pedindo apoio a políticos para criar uma ONG e assim tirar de seu pai biológico o direito de ser seu único herdeiro


Mara Maravilha não tem um programa próprio na televisão há anos, mas volta e meia ela é vista no ar, principalmente em emissoras como Rede TV!, SBT e Record. Nessa terça-feira (18), ela foi destaque no “A Tarde É Sua”, de Sônia Abrão, falando sobre sua luta para não deixar que seus bens, no caso de sua morte, fiquem para seu pai biológico, que não a criou. O tom foi de consternação como só a apresentadora da Rede TV! sabe criar em entrevistas desse tipo, que disfarçam o sensacionalismo com um ar de busca de justiça nos mais diferentes casos.

Recentemente, Mara participou do “Programa da Tarde, da Record, no qual ganhou um tratamento em um Spa para emagrecer, pois ela estava mais de dez quilos acima do peso, devido aos momentos difíceis que havia vivido. Além de enfrentar um divórcio após a descoberta de traição do marido, ela ainda teve que encarar a morte de sua mãe, Marilene, ocorrida há seis meses. Separada e sem filhos, seu pai, um comerciante aposentado, passou a reivindicar o direito de ser o único herdeiro da fortuna da apresentadora.

Mara afirmou que, para ela, sua única irmã sempre foi a filha do seu padrasto, porque nunca teve contato com os filhos que o pai teve em outros relacionamentos. Agora ele diz que não abre mão da fortuna construída pela filha, que trabalha desde criança e que inclui uma cobertura milionária, alguns apartamentos, uma empresa e direitos autorais de sua obra, inclusive como cantora gospel. “Quem será o materialista da história?”, questionou Mara no “A Tarde É Sua”.

Na entrevista, dizendo não querer criar polêmica, mas já criando, ela voltou a defender o casamento homo afetivo. “Mas desde que os direitos e deveres da união oficial sejam respeitados também”, ressaltou. E ao anunciar que sua idéia é criar uma ONG, que seria a herdeira oficial de seus bens, Mara apelou para o governo. “Tanto político que eu ajudei, é fazer César nos servir”, disse, usando uma citação bíblica. “Eu estou pedindo para deputados e senadores para minha causa que não é isolada, para casos como o meu. Eu não fui criada pelo meu pai, eu não tenho herdeiros, então estou precisando de apoio. Não é pelos meus bens, mas pela causa”, afirmou ela.



Mais Mara Maravilha em:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2013/04/programa-silvio-santos-de-olho-em-um.html


terça-feira, 18 de junho de 2013

“O Melhor do Brasil”: Rodrigo Faro não muda seu estilo ao se mudar para as tardes de domingo, mas escorrega no nepotismo ao levar sua mulher para atuar na estreia



Rodrigo Faro não se perdeu em um discurso emotivo ao abrir o seu “Melhor do Brasil”, que fez sua estreia em novo dia nesse domingo (16), na Record, depois de cinco anos sendo exibido aos sábado. O apresentador, que também é ator e está no ar na Rede Globo na reprise de “O Profeta” no “Vale a Pena Ver de Novo”, entrou firme na concorrência do Fausto Silva e seu “Domingão do Faustão”, no ar desde 1989. Conquistou a vice-liderança no ibope.

O programa não foi repaginado para estrear no novo dia. Continua apostando nos mesmos quadros. Abriu (10 minutos antes do previsto) com o divertido “Faça & Disfarça”, já concorrendo com Fausto Silva com o seu “Saco de Piadas” sem graça e apelando para sucessivas chamadas de revelações exclusivas sobre Naldo, como se já não se soubesse tudo sobre o funkeiro.

Em torno de 2 horas e meia no ar, Faro manteve o mesmo estilo, apresentando outros dois quadros também conhecidos das tardes de sábado, o “Quem Irrita Mais”, em que casais discutem a relação revelando implicâncias de um com o outro, e o “Vai Dar Namoro”, em que candidatas a encontrar um par se submetem a brincadeiras bizarras junto com os possíveis futuros companheiros. Esse foi um dos quadros que mais contribuíram para Faro deslanchar na audiência com suas performances no “Dança Gatinho”, em que ele já fez imitações hilariantes, como as de Beyoncé e Michael Jackson, entre tantos outros.

Só desconfio se foi boa idéia ele colocar sua mulher, a ex-modelo Vera Viel, contracenando com ele nessa parte do programa na encenação cover de “Greease”. Só para lembrar, Vera atuou como repórter no “Programa Amaury Jr.” Em 2010, e como apresentadora no “Zapping”, em 2011 na Record News. A sensação é de que ela estava apenas pegando carona no sucesso do marido logo em sua estréia dominical.

Já quem talvez esteja repensando se foi boa idéia deixar a Record em 2008, onde era o apresentador oficial do Melhor do Brasil”, para voltar a ser ator na Globo, é Márcio Garcia. Depois de mais de dez anos na Globo, ele consolidou, durante três anos, uma audiência satisfatória como apresentador nas tardes da Record. Como algumas vezes até incomodava o “Caldeirão do Huck”, foi chamado de volta para ser protagonista em horário nobre em “Caminho das Índias”, de Glória Perez, em 2009. O resultado: ao fazer par romântico com Juliana Paes, seu personagem foi literalmente engolido pelo de Rodrigo Lombardi. Desde então só fez raras participações especiais em programas e voltou às novelas agora como o Guto de “Amor à Vida”, novela das nove escrita por Walcyr Carrasco, que também não chegou a ter grande destaque.

Rodrigo Faro também leva a vantagem de ter seu programa gravado e não ao vivo, por enquanto, devido à grande variação de cenários dos quadros. Luciano Huck fez uma tentativa de fazer o “Caldeirão do Huck” desse sábado (15) ao vivo e acabou soando falso, pois a maioria dos quadros era gravada. Ou é uma coisa, ou é outra. A questão não é se o “Melhor do Brasil” fez feio ou bonito. Apenas repetiu o que já fazia nas tardes de sábado com competência. Mas as tardes de domingo continuam carentes de um pouco mais de “vida inteligente”, com propostas novas e quadros menos requentados.




Mais sobre saída de Gugu Liberatto dos domingos em:
http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2013/06/programa-do-gugu-augusto-liberato-sem.html



segunda-feira, 10 de junho de 2013

“Sangue Bom”: Tanto no núcleo jovem quanto no veterano, histórias se repetem sem criar no público qualquer expectativa para conferir os próximos capítulos


Há menos de dois meses no ar, “Sangue Bom”, novela das sete da Rede Globo, ainda não correspondeu à expectativa criada na excelente estreia em 29 de abril. A história escrita por Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari parece sofrer de uma crise de adolescência típica de “Malhação”. Enquanto o destaque fica por conta de jovens como Sophie Charlotte, Marco Pigossi, Humberto Carrão e Isabelle Drummond, resta aos poucos atores já considerados veteranos diante do elenco principal, como Giulia Gam, Malu Mader, Felipe Camargo, Bruno Garcia e Edwin Luigi, a função de se encarregarem das cenas de humor e barracos.

E tanto no núcleo jovem quanto no veterano a trama parece se arrastar. Perder um, dois, três ou mais capítulos não faz diferença, pois a sensação é de que nada muda, tudo se repete. Todo capítulo é sempre a mesma coisa: Amora (Sophie) bancando a menina adotada por uma mãe rica que rejeita seu passado, Bento (Pigossi) dando uma de príncipe florista, Giane (Isabelle) forçando a barra numa espécie de menina-lobo e a atriz Fernanda Vasconcellos, a Malu, repetindo a mesma interpretação que deu a Ana, em “A Vida da Gente”, novela das seis exibida de 2011 a 2012.

Está já passando da hora de a novela criar situações próprias e inovadoras que realmente criem ganchos e curiosidade em saber o que acontecerá no próximo capítulo. Fazer Tina (Ingrid Guimarães) usar um uniforme de empregada idêntico ao de Nina (Débora Falabella) em “Avenida Brasil”, cantando o tema de abertura da novela das nove de João Emanuel Carneiro, não chega a ser uma homenagem. Parece mais uma carona no sucesso da trama exibida ano passado. Assim como o brinco que envolve a orelha usada por Amora não é uma “nova” tendência, como anuncia o site da emissora.
Está na hora de o folhetim receber uma doação de “Sangue Novo” e sair um pouco do lugar comum que permeia todas as tramas.


Mais "Sangue Bom" em:

http://tvindependentebyelenacorrea.blogspot.com.br/2013/05/sangue-bom-autores-extrapolam-com.html