quinta-feira, 21 de maio de 2015

“MasterChef Brasil”: Competição culinária da Band estreia nova temporada com rigor amenizado por doses de humor e emoção


Os realizadores do “MasterChef” prometeram ser muito mais rigorosos nessa segunda temporada da competição culinária que estreou na Band nessa terça-feira (19), mas o que se viu mesmo foram avaliações com pitadas de humor e uma boa dose de emoção do time de jurados, mais uma vez formado pelo francês Erick Jacquin, o brasileiro Henrique Fogaça e a argentina Paola Carosella, todos chefs de renome e donos de restaurantes aqui no Brasil. Até mesmo a jornalista Ana Paula Padrão, que continua à frente da apresentação, pareceu mais carinhosa com os participantes nessa primeira prova.

Foram mais de três mil inscritos em todo o país, das mais diversas profissões, para a seleção de 75, que começaram a serem peneirados até se chegar ao grupo de 18 que disputarão o título de MasterChef Brasil. Na primeira fase, o desafio é preparar um prato com ingredientes trazidos pelos próprios participantes e finalizado diante do júri. No primeiro dia de prova que foi ao ar deu para sentir que essa seleção traz alguns concorrentes com mais qualificação, ou que se prepararam melhor baseando-se no que viram na edição do ano passado. Claro que é preciso ter aquelas figuras cômicas, meio bizarras, como foi o caso da mineirinha que fez um hambúrguer monstruoso e visivelmente indigesto. “Em Minas a gente faz tudo com fartura”, tentava se justificar ela.

Enquanto Paola, sempre tentando aparentar a boazinha, esculachava os mais fracos com um sorrisinho irônico, Jacquin, foi o mais rígido nas avaliações, embora tenha tido seu momento de gracinha parando para fotografar com o celular um prato de sarapatel. E Fogaça, fazendo cara de mau enquanto estava sentado, ao se aproximar da bancada para experimentar os pratos era o que mais tentava acalmar os aspirantes a cozinheiros. No final, todos foram unânimes na emoção ao aprovar uma menina de 18 anos, que precisou da aprovação da mãe para receber o avental do Sim e continuar na competição.

Já Ana Paula Padrão precisa dar uma repaginada urgente no figurino. Dos dois vestidos usados na estreia, um parecia feito para uma boneca Barbie emergente, e o outro, estampado e com babados, vestiria bem uma Maria do Bairro em dia de festa. Sem falar nos sapatos de plataforma, pesados, deselegantes. E olha que a Paola ainda debochou do vestido de uma participante. Deveria olhar primeiro para o da apresentadora. Mas Ana Paula se saiu bem em suas intervenções com os aprovados, como foi no caso do diálogo com a jovem que nasceu sem a mão direita e ela perguntou com naturalidade como seria cozinhar assim. “Tem gente que se atrapalha com duas mãos, eu só tenho uma, é mais fácil de administrar”, respondeu a participante, sorrindo.

Pelo esboço da receita apresentado na estreia, essa temporada 2015 do “MasterChef” promete não abatumar. É só evitar mostrar cenas desnecessárias e revoltantes como foi a do participante que levou sua coelhinha de estimação para apresentar o prato de um coelho com molho de cerveja. A tentativa de gracinha mais sem graça e constrangedora da noite.