sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

“Agora É Tarde”: Mais do mesmo de Narcisa Tamborindeguy só valoriza o novo papel de apresentador de Danilo Gentili na Band

Narcisa Tamborindeguy bem que tentou ser a pérola do “Agora É Tarde” desta quinta-feira (5), mas o máximo que ela conseguiu foi colocar uma cereja no bolo de Danilo Gentili, que demonstrou estar muito mais à vontade para conduzir um programa próprio do que aquele apresentador que estreou em junho do ano passado e que só quatro meses depois começou a dar os primeiros passos: “Agora É Tarde”: Beto Barbosa cantando versão de “I Will Survive” e lançamento da campanha “Brasil Sem Dráuzio”

Danilo estava totalmente à vontade para lidar com o deslumbramento da convidada, inclusive para corrigir a grafia de seu nome na dedicatória do livro “Ai, Que Loucura”, que ela o presenteou: “Meu nome é Gentili e não Gentile”, enfatizou ele. É claro que no meio da loucura ele não se tocou quando ela falou que em seu livro contava histórias do seu amigo Jean Paul Getty. Amigo? Na verdade ela deve ter se confundido com outro empresário americano, Christopher Getty, de quem foi namorada e era neto de Jean Paul, que morreu quando ela não tinha nem 10 anos...

Acostumado a entrevistas bizarras desde os tempos de “CQC”, programa no qual era um dos melhores repórteres, o agora apresentador embarcou na onda e deixou até que o namorado de Narcisa, Guilherme Fiúza, chamado por ela, entrasse em cena, já com seu próprio livro em punho para aproveitar o espaço para divulgação. Perguntado por Gentili o que tinha achado de “Mulheres ricas”, no qual também participou, o jornalista e escritor, autor de “Meu nome não é Jonnhy”, foi contundente: “Achei legal, mostra a rotina das participantes”... E Fiúza acabou sendo comparado a um assessor de assuntos aleatórios quando Narcisa, após ter seu sorriso comparado ao do Curinga (vilão dos filmes de Batman) pediu socorro a ele perguntando: “Quem é Curinga?”. Mais sem graça ainda ficou o jornalista quando ela recorreu a ele mais uma vez para indagar quem era Datena, após Gentili perguntar o que ela preferiria: acordar sem um rim ou com a tatuagem do (apresentador Luiz) Datena) na face.

Danilo Gentili sabe bem explorar o lado bizarro de entrevistados que rendam esse tipo de retorno. Porque pegar um personagem que já vem pronto para fazer gracinhas pode parecer fácil até para um entrevistador iniciante, mas se o entrevistador não tiver a cancha de saber impor sutilmente limites ao entrevistado, tudo pode desandar no samba da cabrocha doida.

Marcelo Mansfield tem feito uma boa dobradinha com Danilo. Ultraje a Rigor é uma espécie de banda do “Domingão do Faustão”, com Roger fazendo o papel de Caçulinha. Nada contra. Já Murilo Couto e Léo Lins funcionam muito mais em reportagens externas. No palco, ainda parecem figuras preenchendo aquele espaço vago entre um comercial e outro. Ou a falta de comerciais.