domingo, 20 de novembro de 2011

“Estrelas”: Angélica acertou ao reconhecer que não tem estilo para fazer entrevistas sentada num sofá dentro de um estúdio e sim para levar bate-papos em externas


Tem sido visível a evolução de Angélica à frente do “Estrelas” nas tardes de sábado da Globo. Percebe-se que há uma preocupação em não deixar o programa cair na mesmice. E mesmo tendo uma linha definida, o cuidado nos detalhes faz a diferença. Como aconteceu nesse sábado (19), em que ela foi até um templo Hare Krishna entrevistar Lucélia Santos. O lugar foi sugerido pela atriz. E a apresentadora apareceu usando um figurino que condizia com o ambiente, meio "bicho-grilo", saia longa, de uma estampa vermelha, jaqueta jeans sobre uma camiseta e cabelos soltos, mas com trancinhas fazendo às vezes de uma tiara. Visual bem anos 70.  

Angélica está bem à vontade para transformar entrevistas em bate-papos descontraídos. No mesmo programa, ela colocou seu lado atriz em ação ao fingir um encontro casual com Claudia Raia na Rua Oscar Freire, a mais badalada de São Paulo, para a partir dali começar a entrevista. Claro que o improviso foi mais um motivo de diversão para ela.

Vale lembrar que, em 2006, quando o “Estrelas” estreou nas tardes de sábado Angélica não se deu bem ao tentar um estilo Hebe Camargo de ser, entrevistando seus convidados no estúdio com todos acomodados em um sofá. Não funcionou. Acostumada a comandar programas de auditório nos quais ficava o tempo todo em movimento no palco, ela não ficou à vontade tendo que permanecer o tempo todo sentada. A imobilidade a deixava desconfortável e insegura. Ficou evidente que a fórmula não evoluiria para melhor se persistisse.

As críticas não eram nada favoráveis. Mas, com maturidade e vontade de acertar, ela não se deixou abater. Pelo contrário, aceitou reformular o formato do programa e deu a volta por cima. Passou então a mostrar reportagens gravadas em externas, com passeios, receitas de culinárias e outras situações em que poderia estar em movimento novamente. Recuperou a segurança e espontaneidade e conseguiu salvar a lavoura.   

A introdução da culinária, aliás, deu liga. Geralmente é o artista que prepara o prato, mas nesse sábado foi a vez da renomada cozinheira, mas nem tão conhecida do grande público, Alaíde Carneiro ensinar receitas de bolinho de carne seca e abóbora e bolinho de risoto de camarão, com o auxílio do sambista Dudu Nobre. A mistura de bate-papo com preparação de um prato é uma receita que comprovadamente dá certo desde o tempo em que Astrid Fontenelle ficou conhecida pelo seu “Pé Na Cozinha”, exibido de 1998 a 1999 na MTV.

O crescimento do “Estrelas” também começa a ser notado no discreto, mas já percebível aumento da presença de merchandising no ar. Tal qual seu marido no “Caldeirão do Huck”, Angélica tem conquistado novos “parceiros”. O que só prova que ela está sabendo administrar bem seu produto.



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